Especialista em Meio Ambiente lembra que a agenda verde e a economia devem estar alinhados para criar a geração de valor e do PIB.
A COP 28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas acontecerá entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. E o Brasil vai marcar presença no evento para discutir soluções para o clima e apresentar um modelo de financiamento global para a preservação de florestas.
Até o momento foram confirmados 12 ministros de estado na comitiva do governo brasileito, entre eles, estão: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O presidente Lula (PT), também marca presença na viagem e deve participar da COP entre 30 de novembro e 3 de dezembro. Além dos ministros, a comitiva pretende abranger cientistas, ativistas, empresários e políticos.
Para o advogado, ativista social e ambiental e Membro da Comissão do Meio Ambiente da OAB de São Paulo, Anderson Cruz, o Brasil tem uma participação significativa e deve ser o exemplo da agenda ambiental para outros países. “É imprescindível que o Brasil mostre resultados do primeiro ano nas questões ambientais e climáticas, é a hora do mundo saber se as metas e fiscalizações do clima foram eficientes e cumpridas, pois o governo Lula prometeu em campanha que o Meio Ambiente seria prioridade em seu governo, junto com especialistas, precisamos cobrar os resultados e entender para onde o nosso país está caminhando”, esclarece.
Nesta edição da COP-28, o Brasil apresentará uma proposta sobre um modelo de financiamento global para países que preservarem suas florestas. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai mostrar como funciona esse projeto que visa compensar financiamento países que preservarem os seus biomas e desacelerar o aquecimento global.
O objetivo desta proposta é que os países florestais sejam pagos por hectare de floresta preservada. O projeto foi elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Fazenda. Caso a proposta seja aprovada, isso irá beneficiar pelo menos 80 países com florestas.
O ativista ainda lembra que mesmo com uma proposta robusta, é necessário garantir que os países cumpram com a preservação ambiental. “Parece algo simples do ponto de vista da recompensa e financiado que os países vão ganhar, mas não é, muitos sistemas acabam mudando e isso impacta em diversos setores da economia, como o comércio, indústria, corporações é uma ganha, ganha de todos os lados, independente do país, mas a agenda verdade deve ser adaptada e alinhada com a economia, só assim a verdadeira geração de valor e o PIB vão crescer”, diz.