O Flamengo sai na frente no primeiro jogo da final da Copa do Brasil de 2024. Com uma partida dominante na maior parte do tempo, o clube carioca, que participa de sua terceira final seguida da competição, deu um grande passo rumo à taça.
Apesar do bom jogo coletivo do Flamengo, o personagem principal dessa história é um velho conhecido da torcida: um jogador presente em grandes momentos recentes do clube. Mesmo após uma fase difícil durante a temporada e várias críticas – muitas vezes justificadas – às suas atitudes, lá estava ele, decidindo mais uma final: Gabriel Barbosa.
Incontestável ídolo da torcida rubro-negra, ele começa a construir mais um capítulo com essa camisa. Afinal, além dos gols e do futebol apresentado em campo, o que torna um jogador ainda mais ídolo senão a narrativa? Lembramos de Ronaldo e sua superação para ser o melhor jogador da Copa de 2002, do retorno de Raí em 1998 para dar o título paulista ao São Paulo, ou da volta de Lucas Moura ao São Paulo para reverter o placar contra o Corinthians na Copa do Brasil de 2023. Claro, se olharmos apenas para o desempenho em campo desses jogadores, já seriam grandes histórias, mas a narrativa criada fora de campo as torna ainda mais incríveis. E com Gabigol não é diferente.
Assim como na final da Libertadores de 2019, Gabriel Barbosa aparece quando menos se espera e decide o jogo mais importante da temporada do Flamengo. Concorda comigo que, sem tudo que Gabriel fez e errou durante a temporada, o gol e a comemoração seriam menos históricos?
Contudo, essa história só será eternizada se o Flamengo confirmar o título no segundo jogo. Caso o título escape, ficará apenas o recado de "Lil Gabi" para a torcida: “É decisão? Deixa comigo!”
Reportagem: Vinícius Rossi