Em meio às movimentações políticas que antecedem as Eleições Municipais de 2024, os dois partidos com as maiores bancadas no Congresso Nacional, o Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, e o Partido dos Trabalhadores (PT), de Luiz Inácio Lula da Silva, surgem como protagonistas na distribuição dos recursos do fundo eleitoral.
Nesta segunda-feira, 22, o Presidente Lula sancionou um montante recorde de R$ 4,9 bilhões para o chamado "fundão eleitoral", um aumento significativo de 145% em relação aos R$ 2 bilhões liberados nas Eleições Municipais de 2020.
Os critérios estabelecidos para a distribuição dos recursos desse montante seguem uma lógica complexa. De um total de 2%, uma fatia igual será destinada a todos os partidos, independentemente de sua representatividade.
A fatia mais substancial, 48%, será distribuída entre os partidos proporcionalmente ao número de Deputados que possuem, enquanto os 15% restantes serão alocados com base no número de senadores de cada partido. Dessa forma, os partidos que obtiveram maior expressividade nas eleições anteriores serão beneficiados com uma parcela mais robusta do fundo eleitoral, entre eles o PL e o PT.
O aumento substancial nos recursos do fundo eleitoral levanta questionamentos sobre o financiamento das campanhas e a influência do dinheiro na corrida eleitoral. Críticos argumentam que tal montante poderia ser mais bem empregado em áreas essenciais para a população, enquanto defensores destacam a necessidade de garantir a competitividade e a representatividade democrática.