Armando Benedetti, embaixador da Colômbia na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), foi denunciado por sua ex-companheira, a arquiteta Adelina Guerrero, por um suposto caso de violência de gênero.
O incidente ocorreu na noite de 30 de junho em um apartamento em Madri, Espanha, conforme noticiado pela Blu Radio.
A polícia de Madri informou que a discussão entre Benedetti e Guerrero poderia ter evoluído para um ataque físico, mas testemunhas presentes no local impediram o pior. Segundo o jornal El País, Adelina Guerrero relatou aos agentes que Benedetti a ameaçou com uma faca e cortou sua roupa.
Devido à sua condição de diplomata, Benedetti não foi preso, já que não foi pego em flagrante. A polícia colheu o depoimento de Guerrero e encaminhou o relato ao tribunal de plantão para dar continuidade à investigação.
Adelina Guerrero e Armando Benedetti se casaram em 2016 e tiveram dois filhos. O relacionamento sempre foi marcado por altos e baixos, e em 2022, o casal ficou temporariamente separado após Benedetti ser nomeado embaixador na Venezuela.
Guerrero é uma renomada arquiteta na Colômbia e filha de Adelina Covo, ex-juíza do Conselho Nacional Eleitoral e ex-candidata à prefeitura de Cartagena. Covo mantém uma presença influente na política colombiana.
O Itamaraty colombiano abriu um processo disciplinar contra Benedetti. Em comunicado, o órgão afirmou que “os mecanismos oficiais para apurar o ocorrido e iniciar o protocolo correspondente” foram ativados.
Benedetti foi convocado para uma reunião extraordinária em Bogotá com o ministro das Relações Exteriores, Luis Gilberto Murillo, para prestar esclarecimentos sobre a denúncia.
Conforme reportado pelo meio digital colombiano La Silla Vacía, Benedetti já possui uma denúncia anterior por violência política contra mulheres. Laura Sarabia, braço direito do presidente colombiano Gustavo Petro, denunciou o embaixador perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos por uso de linguagem violenta em áudios vazados por ele próprio.